Conheço um grupo de amigos e, pasmem, só tem dois homens na turma. São 12 pessoas, amigas desde a infância. Hoje são casadas e têm filhos. Uma turma tipo um por todos, todos por um. Legal, né?
Queria entender porque há amizades que duram tanto. A psicóloga Debra Oswald, norte-americana, estudou muito o assunto e defende que há quatro comportamentos básicos para manter o vínculo de amizade e que valem para todo mundo, não importa se você tem 20 ou 70 anos.
Para quem tá a fim de criar amizades duradouras, olha só: Para começar uma amizade, primeiro precisa ter disposição de se abrir e revelar coisas mais pessoais ao outro.
Para ficar amigo um deve apoiar o outro, aceitar como o outro é, respeitar o grupo do qual faz parte. Exemplo: Um cristão pode ter como melhor amigo alguém que não tem religião, desde que esse amigo apoie a escolha dele e vice-versa.
Outra coisa é ser uma pessoa positiva. Gente que só fica choramingando, só reclama, não acha nada bom, bota defeito em tudo, ninguém merece… Não há amizade que resista a negatividade nem ao mau humor constante. Ok! amigo é pra segurar a onda quando a vida não tá boa, mas para amizade prosperar é preciso de momentos agradáveis, dos dois lados!
Fundamental também é a interatividade. Você tem que ter tempo e disponibilidade, só assim teremos chance de conhecer e ir aprofundando os laços de amizade. A turma que conheci (e cito acima) não perde a oportunidade, formou um grupo no whatsapp, se fala todos os dias, tem sempre um ou dois que forçam a barra quando sentem que está havendo dispersão. “Não é fácil”, me disseram os amigos. Mas vale demais a pena. É fundamental ter amigos para compartilhar a vida. Na velhice, então, nem se fala! O risco de solidão é enorme. E solidão mata antes da hora…
Amigo é coisa para se guardar debaixo de sete chaves, como diz a música. De novo, concordo, não é fácil. Mas, como tudo na vida, trata-se de uma construção diária!
Fiz um programa bacana que trata da amizade na velhice. Vale a pena assistir. Só acessar: https://youtu.be/cRd7_ONHHho
