Digo um dos amores, porque, claro, amo minha família, da qual Pipa fazia parte. Foi de repente. Adoeceu e em quinze dias se foi. Em nenhum momento acreditei na possibilidade dela se tornar uma estrelinha. Confiei no veterinário e na cirurgiã que fez duas cirurgias em pouco mais de duas semanas. Não deu certo.
Que dor, meu Deus! Não paro de pensar nela. Uma cadela: amiga, meiga, inteligente. A melhor coisa era chegar em casa e e ser recebida por ela. Ia até a porta do carro, depois corria, pulava sobre a cadeira e até subia na mesa para fazer festa. Eu a repreendia e hoje daria tudo para isso acontecer de novo …
Meu marido não precisava saber a hora do banho. 19:30 em ponto e ela se postava na escada, latia, para avisá-lo que era hora de subir para a ducha. De manhã, ela sempre esperava o último a descer. Se fazia xixi fora do lugar – era sempre na grama – sentia-se constrangida. Pipa era humana! Ah se era… Gulosíssima, era só um barulhinho na cozinha e ela corria para comer qualquer coisa. À noite, dormia com a gente, às vezes grudada ou nos pés, dependia do seu humor.
Quando tinha um ano, teve a primeira gravidez psicológica. O veterinário me aconselhou a castracão. Eu. egoísta, não quis.. Talvez isso tenha decretado o seu destino… Não sei ao certo porque tenho a mania de culpar-me…
Ai Pipa, que saudade de você. Primeiro, fiquei revoltada. No dia seguinte à sua morte, vim de férias para a Itália. Chorei o vôo todo. Não conseguia enxergar a minha vida sem ela. Sinceramente. Tem gente que acha bobagem porque se trata de um cachorro. Mas, ela era minha companheira. Minha e do meu marido.
Passada uma semana, começo a mudar. Começo a ser grata por ter tido a companhia da minha Pipa por quase 7 anos. Ela foi fofa demais. Nos deu amor e carinho. Incondicional. Sempre vou lembrar de você, amore mio!
Estou aprendendo como é difícil lidar com uma perda. Eu que falo tanto disso…