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Lembro-me, como se fosse hoje,  da primeira vez que fui ao Mercado Central de Belo Horizonte. Era bem pequena. Quase 60 anos atrás. Meu pai adorava gatos e na minha casa havia muitos. Se algum furtava comida na cozinha, ele dava um jeito de se livrar do felino. Na época, infelizmente, não havia a consciência de não descartar animais ou de procurar um novo dono. Se bem que hoje há ainda aqueles que maltratam… 

Morávamos em casa com basculantes. No meu quarto havia dois. À noite, brincavam de entrar por um basculante e sair pelo outro. Era assim a noite toda e eu – com um cachorro vira-latas debaixo do lençol – admirava. Dormia e acordava. E ficava feliz.

Um dia, um dos gatos trapalhões, foi colocado em um saco; meu pai pegou um taxi preto – daqueles carros antigos – e foi deixá-lo no Mercado Central. Eu fui junto, triste… E lá foi deixado. Enquanto isso, fomos dar uma volta pelo lugar. O cheiro e as cores estão na minha memória afetiva. 

Retornamos no mesmo taxi preto e qual não foi a surpresa do meu pai (e minha):  o gato estava no portão de casa nos esperando. Como retornara tão rápido? E como sabia o caminho de volta  já que estava em um saco escuro, fechado, dentro de um automóvel?

Por essas e outras, amo os animais!

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