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entrevista gravada com o veterinário Lélio Costa e Silva.

Muita gente gente não para pra pensar nisso. E deveria. Fiquei comovida ao tomar conhecimento da morte da cadela farejadora,  Lua, de 4 anos,  da Polícia Rodoviária Federal  do Espírito Santo. Foi no dia 23 de novembro. O animal sofreu uma parada cardíaca devido aos fogos de artifício estourados durante o jogo entre Flamengo e River Plate, na final da Copa Libertadores.

Tomei consciência do perigo que o barulho dos fogos de artifício representa para os bichos e aves depois de uma festa de fim de ano que promovi em minha casa em Conceição do Mato Dentro – MG, mais de uma década atrás. O terreno é grande e cheio de árvores altas que abrigam pássaros das mais variadas espécies. Havia fogos. Lindos. Coloridos. Na manhã seguinte encontrei  um pássaro azul caído no chão, morto. Naquele momento, entendi que o espetáculo dos fogos de artifício é visual e não sonoro. Além dos animais, humanos também são incomodados pelo barulho dos fogos. Bebês, idosos e pessoas doentes sofrem durante as comemorações  das  festas de fim de ano. Além disso, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia  registrou, nos últimos 20 anos, 122 mortes por acidentes com os explosivos.

A boa notícia é que muitas cidades brasileiras estão proibindo os fogos barulhentos. Lembro-me primeiro de Campos do Jordão, em São Paulo. Mas há várias outras, como Florianópolis em Santa Catarina. Espero que logo logo seja proibido em todos o país e que a tradicional queima de fogos que causa o mesmo barulho de sempre suma do mapa! Se há alternativa dos fogos silenciosos, por que não optar por eles? Todo mundo ganha! Aliás, o bom exemplo está ao redor do mundo. Em São Paulo, a maior cidade brasileira, o show da Virada na Avenida Paulista tem  fogos silenciosos.  E aí, você se importa com isso?

E como você cuida do seu animal nessas ocasiões? Quando tinha minha cadelinha, a Pipa, ela ficava tão apavorada com o barulho, que cheguei a colocar tampões em suas orelhas e a mantinha dentro de casa com portas e janelas fechadas para abafar o som externo. Mas, e os animais de rua, que não têm ninguém para ajudá-los, com apoio e amor nesses momentos?

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