Não é novidade nenhuma que o avanço da idade está associado ao aumento da probabilidade de desenvolver câncer. E o aumento da expectativa de vida da população serve de alerta para que mulheres idosas se previnam.
Uma tese desenvolvida pela mastologista Maira Caleffi, presidente voluntária da Femama – Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama – comprovou que, na década de 80, um terço das pacientes com câncer de mama tinham acima de 70 anos de idade. “Essa é uma missão de todos nós, familiares, amigos e profissionais da saúde. Antes que seja tarde demais para nossas mães, irmãs, filhas, avós. As chances de cura de um câncer de mama na terceira idade são muito maiores quando o diagnóstico é precoce” enfatiza Maira Caleffi.
Norma Sampedro, 81 anos, passou pela experiência de descobrir o câncer de mama em estado avançado e por conta de outros problemas de saúde teve de optar pela mastectomia radical e uso de medicamentos. “Meus problemas de saúde e minha idade prejudicaram meus cuidados na prevenção do câncer. Fiquei quase seis anos sem fazer mamografias e acabei descobrindo tardiamente o câncer”, conta.
Com 91 anos, Ottilia Bellini descobriu o câncer de mama com 65 anos por meio do autoexame. Na época, operou a mama esquerda e realizou algumas sessões de radioterapia. Em 2016, em um acompanhamento anual descobriu que o câncer havia retornado na mama direita. “Foi difícil, mas escolhi a cirurgia radical para não precisar iniciar tratamento com medicamentos”, afirma. Ottilia explica que nunca foi de frequentar médicos. “Eu espero que as mulheres não façam como eu fiz. É muito importante a prevenção, não importa a idade”, finaliza.
Fonte: Femama