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Aos céticos,  digo que os cães – e gatos também – se tornaram membros família. A Pipa foi presente do meu filho,  Luigi. Ao sair de casa, com medo de que eu passasse pela Síndrome do Ninho Vazio e sabendo que eu amava os animais, ele tratou de comprar – hoje teria adotado – uma cadela para mim. Ela chegou em casa com três meses. Meu marido ficou enraivecido e chegou a dizer: “Ela ou eu!”. Com jeitinho acabou aceitando e hoje é completamente apaixonado por ela. Pudera. Se fica doente, ela não sai do lado. Ausência só se for para fazer xixi. Comida, tenho que levar até onde está.

Quando eu chegava em casa, era uma festa só. Pulava até sobre a mesa para ficar mais perto de mim. Pergunto: algum humano faz isso? (não ao pé da letra, claro). Ela não está fazendo mais isso porque está prostrada com a doença renal. Mas está melhorando. Na verdade, tem dia que amanhece bem e no outro piora. No dia que estou escrevendo essas letras, ela começou a comer novamente. Chorei de alegria. Quem ama os cães vai me entender… Enquanto isso, vou aprendendo a ter paciência. Um dia de cada vez.

Estou aprendendo  com ela também a ser cuidadora. Nunca fui. Fui uma companhia maravilhosa para a minha mãe – e vice-versa – quando ela estava bem. Quando adoeceu (e foi por pouco tempo) não conseguia chegar perto demais e me culpava por isso. Alguém me disse que eu tinha dificuldade de lidar com a fragilidade. Talvez.  Mas, para os familiares  isso não colou. E sofri mais ainda.

Depois que a Pipa adoeceu, assumi a responsabilidade. Sozinha, porque meu marido está viajando, longe. Não saio de casa, à noite, no sono, acordo várias vezes para conferir se ela está respirando. Ofereço todos os tipos de comida possíveis, fui para a cozinha e fiz comida natural. Nada! Só hoje ela começa a comer alguma coisa. Dei pulos de alegria. (ainda consigo!)

Tive de adiar uma viagem – e pagar caro pela mudança da data da passagem – mas estou feliz. Embora ainda anêmica e precisando fazer uma transfusão de sangue, agradeço a Deus por ter a chance de cuidar dela e pela pouca economia que consegui fazer justamente para garantir algum gasto com saúde. Só não imaginava que seria com ela… Tudo bem! Pipa, fique bem.  Sonho para que você volte a ser alegre e faça a festa que eu preciso tanto! Te amo. Você é uma benção na nossa vida.

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Showing 2 comments
  • Ana Carolina
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    Te entendo tia! Um beijo para vocês duas! ❤

  • Marlene Abreu Rocha
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    Adorei a crônica .Tambei amo a minha Luma.

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